AMAZÔNIA E DIREITO INTERNACIONAL.
As florestas são essenciais para a manutenção da vida. A sobrevivência de muitas comunidades de ribeirinhos e indígenas depende da sua preservação. Também desempenham papel fundamental na preservação da biodiversidade. Contudo, as ações vigentes estão voltadas para o crescimento econômico, por outro lado temos o desmonte ao direito à terra das populações locais e riscos ambientais para as presentes e as futuras gerações.
A Amazônia tem sido objeto de
discussões em todo o mundo. O Direito Internacional Público vem se tornando
protagonista na atuação dos operadores do direito que estão na luta para a
preservação e desenvolvimento sustentável, a Amazônia Legal tem um conjunto de
bens naturais que são diariamente violados por meio da poluição, desmatamento e
queimadas que vem assolando o ecossistema e a população local.
A
soberania refere-se à onipotência do Estado, todavia, essa onipotência tem um
limite: o plano internacional. Ali a soberania é limitada pelos imperativos de
coexistência de Estados soberanos, não podendo invadir a esfera de ação das
outras soberanias. À medida que os Estados
assumem compromissos mútuos em convenções internacionais, que diminuem a
competência discricionária de cada contratante, eles restringem sua soberania.
No caso da Amazônia e seu bioma, cuja preservação não é
assunto apenas do Brasil, mas de diversos países que convivem nesse ecossistema
e outros que dele dependam. Além do reconhecimento
do direito a terra e ao usufruto dos recursos naturais às comunidades indígenas
e às populações tradicionais não significa uma limitação da soberania do
Estado, pelo contrário, ao assegurar esses direitos se fortalecerá a capacidade
de gestão territorial brasileira e, consequentemente, corroborará a soberania interna
e a proteção ambiental.
A
discussão não é quem tem direito a terra e aos recursos naturais de parte da
Amazônia brasileira. Mais do que um luta em defesa da soberania nacional, é uma
tentativa de assegurar a soberania privada de certos setores às riquezas
amazônicas, a custa de direitos assegurados constitucionalmente às comunidades
indígenas e às populações tradicionais.
A
preocupação internacional com a Amazônia ajudou a desviar o foco do principal
problema que a região ainda vive, ou seja, no lugar de discutir os agentes e as
causas do desmatamento da Amazônia, a fim de se buscar solução (ou soluções)
para o problema, centralizou a polêmica em um “inimigo externo” que quer
apoderar-se da riqueza brasileira. Não estamos negando a existência de um
interesse internacional, ou o desejo de personalidades internacionais de
transformar a Amazônia em “espaço público internacional”, mas a questão é
analisar qual deve ser a nossa prioridade: continuar preocupados com os
“interesses internacionalistas” ou discutir a melhor forma de utilizar e
proteger a Amazônia.
As florestas são essenciais para a manutenção da vida. A
sobrevivência de muitas comunidades de ribeirinhos e indígenas depende da sua
preservação. Também desempenham papel fundamental na preservação da
biodiversidade. Contudo, as ações vigentes estão voltadas para o crescimento
econômico, por outro lado temos o desmonte ao direito à terra/ território das
populações locais e riscos ambientais para a presente e as futuras gerações.
Uma das
saídas é a implantação de mecanismos democráticos de resolução de conflitos e
de destinação das terras públicas. Somente uma sociedade democrática e cidadã
será capaz de implementar políticas públicas para a região que sejam realmente
eficazes e protetoras dos recursos naturais.
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