SUSPEIÇÃO DE MORO E SUAS CONSEQUÊNCIAS.
A suspeição decidida pelo Supremo Tribunal Federal trará consequências do ponto de vista legal e será
pedida por outros réus e investigados. Ela terá o potencial para
influenciar outros processos que contaram com a participação do ex-magistrado.
A Lava Jato como um todo não deve
ser anulada. Isso porque a defesa alega parcialidade de Moro apenas em relação
ao ex-presidente Lula. Em tese, se quiserem anular os demais processos, outros
condenados e acusados vão precisar entrar com pedidos individuais na Justiça.
A decisão dos cinco ministros da Segunda Turma tem
efeitos imediatos. No entanto, caso busque reverter a decisão, a
Procuradoria-Geral da República (PGR) pode entrar com recurso junto ao Supremo
para que os onze ministros rediscutam o caso no plenário da Corte.
A Segunda Turma decidiu que há elementos que comprovam a parcialidade de
Moro no caso em que o ex-juiz analisou o suposto recebimento de vantagem
indevida por Lula na forma de um apartamento de três andares no litoral
paulista. O imóvel teria sido pago pela empreiteira OAS, segundo a Lava-Jato.
O placar teve três votos favoráveis às alegações da defesa de
Lula, proferidos pelos ministros Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Carmen
Lúcia, que alterou o próprio voto na sessão de hoje para se posicionar pela
suspeição. Votaram em sentido contrário os ministros Edson Fachin e Kassio
Nunes Marques.
A decisão da Segunda Turma é relativa apenas ao caso
do tríplex no Guarujá. O argumento pode ser usado pela defesa em outros
processos, mas, nesta terça-feira, mesmo os ministros do Supremo que votaram a favor da
suspeição.
O relator entendeu que a Justiça Federal do Paraná
não tinha competência para analisá-los. Por isso, os movimentos processuais
tomadas no estado precisariam ser convalidados pelo novo juízo, no DF. Com a
decisão da Segunda Turma nesta terça, no entanto, a retomada do caso não
envolverá a convalidação dos atos, que precisarão ser completamente refeitos.
Uma Suprema Corte tem a função de
preservar a Constituição e a democracia. Argumentos políticos e de conveniência
devem ser deixados em segundo plano, devendo, como fazem todas as democracias
contemporâneas, prestigiar o Império do Direito.
Na suspeição de Moro, a disputa é
jurídica e não política. O Império do Direito não é mero instrumento da
política. O Direto deve vencer.
Ao decidir pela manutenção da suspeição do ex-juiz
Sergio Moro no julgamento do processo do "triplex do Guarujá", o
plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) deu um passo no sentido de
fortalecer a democracia e as instituições brasileiras.
“É o começo da retomada da
credibilidade das instituições para o Brasil. Faz com que comecemos a ter
esperança de que daqui pra frente, todos os abusos e retrocessos e vulnerações
jurídicas que aconteceram por força de ação da Lava Jato não aconteçam mais”,
comenta Uchôa, que conclui:
“O julgamento acabou demonstrando que o presidente Lula
só foi preso porque um juiz suspeito manobrou um processo judicial para que
isso acontecesse. É fundamental porque mostra como ele sofreu uma injustiça”.
O povo brasileiro, em
meio a caos sanitário e econômico, têm motivos para ter esperança. Abre-se o
caminho para o resgate da Nação, hoje subjugada às forças das trevas que
ameaçam a vida e os direitos da cidadania.
O
STF finalmente decidiu: Moro suspeito.
Comentários
Postar um comentário